Psicólogo Derek Kupski Gomes

Psicólogo Derek Kupski Gomes

Alunos "bagunceiros" na escola... Contribuições da Psicologia.

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Não é de hoje que o comportamento infantil vem sendo foco de muitas reclamações tanto por parte dos pais quanto dos professores.
Vamos analisar, brevemente, possíveis fatores que costumam influenciar o comportamento de meninos e meninas no ambiente escolar que, por vezes, quase levam seus professores a "loucura"!

Na escola...
O segundo principal contexto ao qual a criança é exposta, a escola consiste em uma das mais importantes experiências para o indivíduo, pois neste momento, entramos em contato com coisas e situações sem contar com a presença solícita de nossos pais para nos auxiliar, temos que lidar com novas regras (que quando não cumpridas podem levar a punições), precisamos interagir com nossos pequenos colegas recém conhecidos e deixamos de ser o centro das atenções.

Comportamentos indisciplinados neste contexto costumam envolver exploração do ambiente pela criança, ou seja, ir para locais da escola que são proibidos e/ou ter outros comportamentos proibidos explorando o novo contexto escolar.

Outra classe de comportamentos muito ocorrentes e muito mais permanentes do que os de exploração são os que buscam por estímulos de atenção, como falar demasiadamente na sala de aula, fazer "bagunça" ou qualquer outro comportamento que resulte em mais atenção direcionada para o aluno.
A atenção é um dos fatores que mais influenciam o comportamento humano. É importante, ao menos, para a maioria das pessoas ser visto, ser ouvido, conversar, interagir...

Prosseguindo, é importante lembrarmos que muitas escolas formulam e praticam punições (só podemos considerar punição se a partir de sua aplicação o comportamento inadequado tiver sua frequência reduzida ) que ao invés de funcionarem como tal, acabam por aumentar ainda mais a frequência do comportamento inadequado do aluno. Por exemplo, a atitude de um professor interromper a aula e direcionar a fala somente ao aluno ?bagunceiro?, retirá-lo da sala e levá-lo para sala do diretor (o que significa ter a atenção dos colegas e ainda do diretor), mesmo que seja para repreendê-lo, tais atitudes podem aumentar a frequência de tal comportamento, pois significam dar atenção). Nestes casos, quando a função do comportamento é obter atenção, a melhor punição seria não dar nenhum tipo de atenção (sabemos que nem sempre isso é possível, ao ser ignorado, o aluno aumentará a intensidade de seu comportamento para só então começar a reduzir seu comportamento e o professor, muitas vezes, terá que intervir antes que este processo de extinção do comportamento inadequado ocorra).

Já concluindo, é muito importante para a escola avaliar constantemente os métodos que utiliza para manter, na medida do possível, o funcionamento organizado e eficiente da instituição.

Vale sempre refletir: se após adotarmos uma atitude visando melhor controlar o comportamento de um aluno, mas, mesmo após a tomada de tal atitude o comportamento inadequado do aluno continuar ocorrendo, claramente o método está de alguma forma equivocado.

Psicólogo Derek Kupski Gomes.
CRP:08/18317

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